sexta-feira, 18 de maio de 2007

Julianne Moore volta em desconcertante filme sobre incesto



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JC ONLINE

Kléber Mendonça Filho (Direto de Cannes)

Bem mais desconcertante é o segundo título trazido pela Quinzena dos Realizadores, exibido esta tarde. Savage Grace, do americano Tom Kalin, com mais um papel destemido da atriz Julianne Moore (Magnólia). Ela interpreta a personagem real Barbara Daly, que casou com herdeiro da indústria de plásticos e com ele teve um filho, Tony.

O filme analisa a vida de uma família que nunca teve a preocupação de trabalhar para existir, e a existência que eles têm é marcada pelo ócio e a noção de que são seres especiais, mudando de endereços europeus ao longo de duas décadas (Londres. Majorca, Paris).

A relação entre mãe e filho, em especial, irá ganhar contornos cada vez mais delicados, numa série de carências afetivas e sexuais que levam ao incesto. Logo depois da exibição, Moore participou de uma coletiva, onde disse que não pensou duas vezes em fazer o papel, 'mas tenho que admitir que meu marido pensou sim'. 'Sempre me interesso por filmes onde o drama humano e a maneira como as pessoas lidam com dores e dificuldades de viver estão em destaque'.

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