sexta-feira, 8 de junho de 2007

Homem do Gelo tem 'primos' vivos, diz DNA



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G1

A descoberta da possível causa de morte do 'Homem do Gelo' Ötzi, que provavelmente tombou após uma flechada nos Alpes há mais de 5.000 anos, foi só o último capítulo de uma série de descobertas fascinantes sobre a vida na Europa pré-histórica. E, embora não seja possível mais localizar o assassino do montanhês, dá para pelo menos avisar a família: cerca de 6% dos europeus modernos, cujo DNA tem parentesco com o de Ötzi.

Explica-se: pesquisadores italianos liderados por Franco Rollo conseguiram extrair material genético da múmia. Trata-se do mtDNA ou DNA mitocondrial, presente nas mitocôndrias, as usinas de energia das células. Esse tipo de DNA é uma mão na roda para as pesquisas com restos antigos de seres vivos porque é muito abundante no organismo e se preserva com mais facilidade. Além disso, ele é transmitido de forma ininterrupta de mãe para filho ou filha e não se mistura com o DNA paterno, permitindo o estabelecimento preciso de linhagens ao longo de milhares de anos de história.

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