sexta-feira, 29 de junho de 2007

O novo presidente do Conselho de Ética foi indiciado pela Polícia Federal

via VEJA.com

O novo presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha, do PMDB de Tocantins, é o homem certo no lugar errado. Está no lugar errado porque, em vez de comandar a investigação sobre as estripulias do presidente Renan Calheiros, sob indicação do próprio investigado, Quintanilha deveria estar ele próprio sendo investigado pelo conselho que preside -- e, por isso, vem a ser o homem certo para estar como réu no Conselho de Ética.

O caso é o seguinte: em 2002, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desbarataram uma quadrilha, formada por 61 pessoas, que fraudava licitações e desviava dinheiro público de obras federais em Tocantins. Além de fraudar licitações, superfaturar obras e às vezes sequer construí-las, as empreiteiras repassavam parte do butim a familiares e assessores de parlamentares que destinavam recursos aos esquema. A contabilidade da propina, chamada pelos investigadores de 'balancete da corrupção', foi encontrada pela PF no escritório da empreiteira Mendes & Facchini, espécie de bunker da quadrilha.

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