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Quase um ano atrás, ninguém poderia ter previsto que Guava, a nossa mais nova colaboradora, desempenharia um papel tão chave nas nossas pesquisas. Tímida, compenetrada e sem ambições maiores, Guava se limitava a realizar as tarefas diárias sem maiores alaridos. Bem-comportada, carinhosa e delicada em seus movimentos, ela rapidamente aprendeu tudo que lhe foi ensinado. Ainda assim, o comentário de todos ao seu redor era que, apesar de ser um doce de criatura, Guava jamais seria nenhuma Aurora.
Guava deve ter ouvido o desdém alheio.
Na semana passda, surpreendendo a todos os seus colegas primatas (humanos e não humanos), Guava realizou algo que nem a grande Aurora jamais imaginou realizar. Beneficiando-se dos resultados obtidos por duas de suas primas distantes, Thumper e Pocie (veja NeuroLog de 17/11/2006), Guava se tornou o primeiro ser vivo a operar a mais nova interface cérebro-máquina criada pelos pesquisadores do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke.
O detalhe é que essa não é uma interface cérebro-máquina qualquer; trata-se da primeira interface cérebro-máquina-cérebro, algo que poucos acreditavam ser possível desenvolver. Pelo menos nessa década. [full]
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