segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Arqueólogos exumam rainha viking para identificar acompanhante

via MSN

Arqueólogos exumaram na segunda-feira o corpo de uma rainha viking para tentar descobrir se a mulher sepultada a seu lado cerca de 1.200 anos atrás foi sacrificada para ser uma espécie de dama de companhia de além-túmulo.

Por Alister Doyle

SLAGEN, Noruega (Reuters) - Arqueólogos exumaram na segunda-feira o corpo de uma rainha viking para tentar descobrir se a mulher sepultada a seu lado cerca de 1.200 anos atrás foi sacrificada para ser uma espécie de dama de companhia de além-túmulo.

Uma hipótese menos macabra é de que as duas mulheres sepultadas num pequeno monte gramado Oseberg, sul da Noruega, sejam uma rainha e sua filha, mortas da mesma doença por volta de 834.
"Faremos os exames de DNA para tentar descobrir. Não sei de nenhum esqueleto viking que tenha sido analisado como pretendemos", disse à Reuters, à beira da cova, Egil Mikkelsen, diretor do Museu de História Cultural de Oslo.

Sob chuva, quatro homens cavaram cerca de 1,5 metro e ergueram um caixão de alumínio que contém os ossos das duas mulheres que originalmente estavam sepultadas em um espetacular barco viking.
As mulheres e o barco de 22 metros, cuja proa curva feita de carvalho permanece intacta, foram descobertos em 1904 na colina de cinco metros de altura, cercada de milharais. O achado foi uma das grandes sensações arqueológicas do século 20.

O chamado barco de Oseberg está atualmente num museu em Oslo, mas os ossos voltaram a ser enterrados em 1948. Cerca de 200 pessoas, inclusive colegiais, assistiram à exumação.
"Não sabemos quem são as mulheres", disse Mikkelsen, acrescentando que o DNA vai esclarecer se eram parentes. "A análise de DNA pode provar se eram mãe e filha. Mas sempre achei que eram a rainha e sua criada", acrescentou.

A criada pode ter sido sacrificada talvez degolada num ritual para acompanhar a rainha ao Valhalla, o paraíso dos vikings. Numa tumba viking da Dinamarca, por exemplo, um idoso sepultado ao lado de um jovem havia sido decapitado.

Uma nova análise química dos ossos também pode dizer o que as pessoas comiam. Na época dos vikings, a carne de alce, por exemplo era muito valorizada, enquanto os pobres comiam peixe.

"Se elas eram mãe e filha, provavelmente comiam a mesma comida. Se uma das mulheres era uma criada, elas teriam dietas diferentes", disse Mikkelsen.
O caixão de alumínio será levado a Oslo e aberto para as análises, que deverão durar um ano.

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