Pesquisadora encontrou material genético aparentado ao de tribos atuais nos fósseis. Achado pode remodelar teorias de ocupação humana da América.
Pequenos trechos de DNA, extraídos de esqueletos com 8 mil anos ou mais de idade, podem ajudar a repensar uma das principais teorias sobre o povoamento pré-histórico do Brasil e da América. À primeira vista, parece que genes e restos humanos estão batendo cabeça.
Enquanto a forma do crânio dos antigos habitantes de Lagoa Santa (MG) sugere que eles eram um povo muito diferente dos índios modernos, o material genético obtido dos mesmos restos ósseos é, em sua imensa maioria, idêntico à das tribos que ainda existem hoje.
Os dados, intrigantes e ainda preliminares, vêm do trabalho de Ândrea Ribeiro-dos-Santos, pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA) que há anos usa as ferramentas da biologia molecular para tentar entender como os seres humanos modernos chegaram à América e se espalharam para o continente. Ela falou sobre seus últimos resultados nessa área durante o 53. Congresso Brasileiro de Genética, que aconteceu nesta semana em Águas de Lindóia, no interior paulista.
A pesquisadora e seus colegas têm se especializado na extração e análise do DNA de restos humanos antigos, que pode revelar uma miríade de dados interessantes sobre a história das populações, especialmente quando comparado com o material genético de povos atuais. [Leia+]
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