A linha de montagem não tem robôs, o ritmo de produção é menos frenético e as peças são agregadas manualmente, quase de forma artesanal. Um grupo compacto de funcionários espera cada carroceria baixar do elevador suspenso, dá os retoques na lataria e instala rodas, faróis, janelas, bancos, painel, espelho retrovisor.
Com 50 anos completados hoje, a Kombi é produzida quase da mesma forma de meio século atrás na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Seu desenho também mudou pouco. Mas, desafiando a lógica do mercado automobilístico, movido a novidades, a perua é o maior fenômeno de longevidade da indústria. São cinco décadas de produção contínua.
A concorrência que se abateu sobre a maioria dos automóveis brasileiros a partir dos anos 90, com a abertura da economia, não abalou a Kombi, que persiste como líder de vendas no segmento de veículos de passageiros e carga. Entre janeiro e julho deste ano, foram vendidas 13.259 unidades. Os cinco veículos considerados concorrentes (Boxer, Ducato, Jumper, Master e Sprinter) venderam, juntos, 11.786 unidades.
No ano passado, a Kombi vendeu 19.237 unidades e os concorrentes, 17.740. Ela está numa lacuna de mercado que não tem competidor em faixa de preço e em categoria de uso, diz José Rinaldo Caporal, da consultoria Megadealer, especializada em varejo automotivo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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