Cientistas da computação da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard, em parceria com pesquisadores da Holanda, estão usando uma aplicação de compartilhamento de vídeo para explorar uma nova geração de modelo para comércio eletrônico seguro e legal que usa a largura de banda da internet como moeda de troca, divulgou o EurekAlert.
A aplicação, disponível para download gratuito no endereço tinyurl.com/2ajqvm, é um aperfeiçoamento do Tribler, programa originalmente criado por cientistas da universidades de Tecnologia de Delft e Vrije, de Amsterdã, para estudar a troca de arquivos de vídeo, e considerado um modelo de flexibilidade, velocidade e confiabilidade pelos pesquisadores do novo P2P.
"Sistemas peer-to-peer de sucesso se apóiam em regras definidas para promover uma troca justa de recursos entre seus usuários. Além disso, eles são sistemas econômicos e computacionais poderosos e eficientes", avaliou David Parkes, mestre em Ciências Naturais de Harvard. "Apesar disso, peer-to-peer tem sido considerado algo ruim por sua associação freqüente com download ilegal de software e música", lamentou.
"A próxima geração de sistemas peer-to-peer oferecerá um mercado ideal não só para conteúdo, como também para largura de banda em geral", garantiu o diretor técnico do Tribler, Johan Pouwelse.
A idéia dos pesquisadores é tornar possível um modelo de comércio eletrônico que conecte os usuários em um mercado global independente, sem controle de empresas, redes ou bancos. Ainda segundo o EurekAlert, eles vêem a largura de banda como a primeira "moeda" real da Internet. "Por exemplo, quanto mais o usuário fizer uploads (ou seja, ganhar) e maior qualidade tiver sua contribuição, mais chances de downloads (isto é, gastar) ele terá, assim como em maiores taxas de velocidade", comparou o estudo.
Além disso, os pesquisadores apostam no grande potencial de uma combinação entre a tecnologia das redes sociais com os sistemas peer-to-peer, trabalhando para desenvolver uma regulação apropriada nesse novo ambiente descentralizado, no qual os próprios usuários criariam e validariam seus próprios mecanismos de defesa contra possíveis roubos de dados ou ataques.
A informação foi divulgada em sites como o ScienceDaily, p2pnet.net e TorrentFreak. Já o estudo completo pode ser lido, em inglês, no endereço tinyurl.com/yuzefw.
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