segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Concorrência para Orkut é positiva, diz Google

via G1 > Tecnologia

Afirmação é do diretor-geral do Google Brasil, Alexandre Hohagen. Vantagem do Orkut em relação aos concorrentes é a quantidade de usuários brasileiros.

Desde que explodiu no Brasil, em 2004, o Orkut reina soberano como site de relacionamentos mais popular entre os internautas brasileiros. Mas outras grandes redes sociais já perceberam a popularidade deste serviço no Brasil e podem aumentar a concorrência, vindo oficialmente para o país nos próximos meses -- o MySpace já manifestou esse interesse, enquanto o Facebook acaba de fechar uma parceria com a Microsoft para ganhar força fora dos EUA.

“Isso é ótimo”, disse ao G1 Alexandre Hohagen, diretor-geral do Google Brasil. “Esse é um mercado enorme, com grande potencial, e considero excelente a chegada dos concorrentes. Haverá mais ofertas”, disse o executivo.

Parte da tranqüilidade do Google está ligada à quantidade de internautas já conquistada no Brasil, a chamada massa crítica. “Se você quer ir a uma festa para conhecer alguém, as chances são muito maiores se houver mais gente”, explica o especialista. “Considero o Facebook muito bom, mas há poucos brasileiros por lá. O Orkut tem mil vezes mais brasileiros.” Por isso, Hohagen afirma que o desafio das redes sociais interessadas no Brasil está na conquista dos internautas locais.

Diego Monteiro, um dos criadores da rede social Via6, que vem ganhando espaço no Brasil, acredita que a batalha entre os grandes sites de relacionamento vai esquentar. “A concorrência não vai ser confortável para o Orkut. Eles terão de reagir para não perder audiência”, afirmou. Parte dessa reação está na criação de recursos que façam com que os usuários não migrem para outros sites, e o Google já fala no lançamento contínuo de novidades para sua rede social.

Para Erick Itakura, pesquisador do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI) da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, os usuários só mudarão de rede social se a nova página realmente tiver recursos realmente atrativos. “Hoje já se saber que essas páginas demandam um certo tempo. Por isso, a migração tem realmente de valer a pena”, afirmou Itakura ao G1.

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