via Folha Online
A maior parte do CO2 emitido por atividades humanas permanece na atmosfera por cerca de 1.800 anos. O número, apresentado em estudo de um grupo da Universidade de Victoria (Canadá), na revista 'Geophysical Research Letters', é quase dez vezes maior do que o fornecido por estimativas antigas.
'Essa vida média tinha sido estimada em cem a 400 anos por modelos anteriores', diz Álvaro Montenegro, oceanógrafo brasileiro que também assina o artigo.
O brasileiro, primeiro autor do trabalho, diz acreditar que a discrepância ocorreu porque os estudos antigos não consideravam efeitos do aquecimento na superfície oceânica, que atrapalha correntes que levam as águas do fundo para cima.
'Se a primeira camada na superfície oceânica absorve CO2 e fica saturada, para ela continuar a absorver é preciso afundar aquela água e trazer outra', diz. Além disso, o fluxo de baixo para cima leva nutrientes a seres vivos que retém carbono.
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