'Os motores elétricos vêm sendo feitos praticamente do mesmo jeito desde os anos 1850. Somente nos últimos 10 a 15 anos métodos alternativos de produção vêm sendo estudados,' afirma Mats Alküla, pesquisador da Universidade de Lund, na Suécia. Alküla e seus colegas acabam de desenvolver um novo material magnético que promete mudar esse quadro.
Calcula-se que em uma residência típica existam cerca de 60 motores elétricos. Um automóvel moderno, por sua vez, possui mais de 100. A construção da maioria deles utiliza como elemento magnético uma série de placas metálicas montadas umas sobre as outras, com bobinas de fios de cobre enroladas ao seu redor.
A montagem dessa estrutura é tecnicamente simples, mas trabalhosa o processo de fabricação de um motor elétrico desses possui cerca de 60 etapas.
O que os engenheiros desenvolveram agora foi um novo tipo de material magnético que pode ser moldado em qualquer formato, eliminando a necessidade da montagem das placas e enrolamento dos fios, reduzindo o processo de fabricação de um motor para poucas etapas.O material magnético é uma mistura de uma liga de ferro em pó com um polímero - cuja composição não foi divulgada pelos cientistas - que demonstrou uma excelente rendimento energético. Mantendo as dimensões dos motores, a substituição das tradicionais bobinas enroladas sobre chapas metálicas pelo novo material mais do que dobrou o rendimento do motor.
"A técnica não é adequada para motores de alto desempenho, como servo-motores. Mas para ventiladores, bombas, aplicações domésticas e automóveis ela é uma solução perfeita," diz Alküla.
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