A poligamia faz mal à saúde dos homens. É o que sugere um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha.
Depois de investigar os padrões comportamentais de mais de 30 espécies, incluindo a humana, Tim Clutton-Brock e Kavita Isvaran chegaram à conclusão de que quanto mais poligâmica é uma espécie, mais rápido os machos envelhecem e morrem na maioria das vezes antes das companheiras. A descoberta consta da última edição da 'Proceedings of the Royal Society'.
Segundo os cientistas, isso acontece em função da intensa competição sexual. Traçando um comparativo entre espécies monogâmicas (em que o macho tem uma única parceira) e poligâmicas (em que cada macho copula com várias fêmeas), eles constataram que a competição por fêmeas tende, naturalmente, a ser mais acirrada no segundo grupo.
Ou seja: os machos que mantêm uma única parceira precisam se empenhar em menor grau para manter a "concorrência" afastada, enquanto os polígamos precisam se esforçar nas suas sucessivas conquistas sexuais.
Com a intensa competição por sexo, os machos têm menos tempo para procriar, explicam os pesquisadores. Desta forma, não há fortes incentivo para que desenvolvam uma longevidade, já que não há descendentes a proteger.
O estudo britânico também sugere que "no momento em que a fisiologia humana se desenvolveu, talvez durante a Idade da Pedra, a procriação poligâmica fosse normal". Isso, segundo os pesquisadores, explicaria porque os homens envelhecem mais rápido e morrem antes do que as mulheres.
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