da France Presse, em Genebra
Quase metade das injeções aplicadas nos países em desenvolvimento envolvem seringas não esterilizadas, que matam todos os anos 1,3 milhão de pessoas no mundo.
A denúncia foi feita nesta terça-feira (23) pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a instituição, todos os anos são utilizadas seringas ou agulhas não esterilizadas ou já usadas para aplicar 6 bilhões de injeções, o que representa 40% do total. Em alguns países, a porcentagem sobe até 70%.
De acordo com a OMS, essas práticas são a causa de 5% de novos casos de contaminação pelo vírus da Aids e de 2 milhões de casos de hepatite C. 'A utilização de seringas não reutilizáveis evitaria 1,3 milhões de mortes todos anos no mundo, ao impedir as infecções e as epidemias resultantes', afirma a organização.
A OMS pede desde 1.999 a seus Estados membros que recorram às injeções seguras, mas a maioria dos países não pode pagar as novas tecnologias de esterilização.
As seringas mais baratas custam apenas dois centavos de euro (cerca de cinco centavos de real), em comparação com os 10 centavos de euro (25 centavos de real) dos modelos mais sofisticados e seguros.
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