Um grupo de cientistas europeus desenvolveu um tipo de robô capaz de influenciar nas decisões tomadas por grupos de baratas.
Resultados experimentais demonstram a possibilidade de compartilhar e controlar ações coletivas entre máquinas e animais.
Sociedades animais podem ser os primeiros sistemas biológicos onde robôs autônomos e indivíduos vivos colaboram para solucionar problemas”, disse à BBC Brasil o cientista José Halloy, da Universidades Livre de Bruxelas, que coordena o projeto desenvolvido em parceria com a Universidade de Rennes (França) e a Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça).
“Ainda não sabemos que tipos de problemas poderiam ser solucionados (pela interação entre robôs e seres vivos). É isso que queremos explorar agora”, afirmou Halloy.
O robô-barata tem a aparência de um simples aparelho eletrônico, um pouco maior que uma barata normal, mas foi aceito como mais um membro pela comunidade de baratas. Para conseguir isso, os cientistas revestiram o robô com feromônios que constituem a identidade das baratas.
“A interação entre esses insetos se dá pelo toque e o odor, que se baseia essencialmente em uma mistura de hidrocarbonos que cobre seus corpos. Os robôs são revestidos com essa mesma substância e, quanto mais alta a concentração de feromônio, maior é sua aceitação (pelo grupo)”, disse o coordenador do projeto.
Para melhorar a integração, o robô-barata foi elaborado de forma a reagir espontaneamente às ações das baratas verdadeiras, sem que os cientistas tenham de intervir. [Leia+]
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