Mark Zuckerberg não vai passar um fim-de-semana dos melhores por um motivo grande: em apenas uma semana, o que parecia um reinado supremo do Facebook frente às redes sociais abertas, que permitem que a comunidade desenvolva aplicativos, se transformou em um conchavo no melhor estilo 'todos contra um'.
Por Redaçãodo IDG Now!
Chamado anteriormente de "Maka-Maka", o projeto secreto do Google foi revelado no meio da semana: o OpenSocial não apenas permite que a comunidade crie aplicativos para o Orkut, como instaura um padrão de desenvolvimento de APIs que facilitaria a troca de tais aplicativos entre diferentes redes sociais.
O que parecia apenas uma boa aposta do buscador contra dois rivais em potencial nos mercado norte-americano se transformou em ataque pesado quando um deles, o MySpace, rede social mais popular dos Estados Unidos, anunciou que suportaria aplicativos criados pelo OpenSocial, deixando o Facebook sozinho com um modelo próprio de desenvolvimento.
Números de ambos os lados são de cair o queixo. De um lado, o Google afirma que seu OpenSocial chegará a mais de 100 milhões por meio das redes Orkut, LinkedIn, Ning, Hi5, Plaxo e Friendster, enquanto só o MySpace contabiliza 114 milhões de usuários só nos Estados Unidos.
O Facebook, por sua vez, conta com a vantagem de já ter cerca de 700 aplicativos criados para sua rede cinco meses após abrir sua API, algo que significou um aumento de 89% nos seus usuários em um ano, atingindo 50 milhões de registrados, com uma média espantosa de 500 mil novos por dia.
A iminente batalha entre Facebook e todas as outras redes sociais, lideradas por Google e MySpace, é o ápice de um mercado em constante aquecimento nas últimas semanas: o de comunidades virtuais.
No Brasil, a onda vem no formato de investimento de grandes players em operações nacionais de seus serviços. A primeira delas foi o serviço musical Last.FM que, após negociar com órgãos responsáveis por direitos autorais no país para abrir um escritório local com direito a CEO brasileira, fechou sua primeira parceria local com o festival Motomix.
Semanas após, foi a vez de o próprio MySpace iniciar uma silenciosa operação nacional comandada pelo executivo Emérson Calegaretti, primeiro funcionário também do Google no Brasil.
Alegando que não viria ao país para bater de frente com o sucesso estrondoso do Orkut, o MySpace lançou sua versão totalmente em português, com lançamento oficial programado para 2008.
Menos festejada entre todas as opções, o Mash, lançado pelo Yahoo seguindo o mesmo preceito de abertura do Facebook, com campos e aplicativos do usuário que podem ser livremente alterados por seus amigos, também ganhará versão nacional em 2008, segundo o presidente do Yahoo Brasil, Guilherme Ribeboin.Entre as opções nacionais, o Grupo Estado revelou também sua nova investida em comunidades, o Limão, que mistura material jornalístico com conteúdo gerado pelos usuários, enquanto o serviço de comparação de preços boo-box abriu sua API para o desenvolvimento de aplicações pela comunidade.
Na mesma trilha do Last.FM e do MySpace, o Facebook, por sua vez, já admitiu que planeja versões internacionais de seus serviços, ainda sem data definida. Mas a preocupação do jovem Zuckerberg, fundador do Facebook de apenas 23 anos, deverá estar bem longe de países tropicais pelas próximas semanas.
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