Mundo Virtual
O custo da universalização da internet banda larga nos próximos 3 anos será de no mínimo R$ 2,5 bilhões, disse ontem o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Segundo ele, o governo anunciará nas próximas semanas as medidas para atingir o objetivo de levar infra-estrutura a todas escolas e municípios do País.
O anúncio será feito provavelmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Costa contou que o plano inclui o uso de estruturas estatais existentes, como fibras óticas que passam dentro de gasodutos e oleodutos como os da Petrobrás.
Há possibilidade de essas estruturas virem a ser unificadas sob a coordenação da Eletrobrás, segundo o ministro. As fibras óticas sobre torres de alta tensão cobrem praticamente toda a costa brasileira, segundo ele. Atualmente, quase 3 mil municípios não têm estrutura de acesso à Internet.
O governo também pode dar contrapartida para que as empresas de telefonia substituam todos os postos de telefonia pública (PST) por infra-estrutura de banda larga. A iniciativa tem custo estimado em R$ 1 bilhão.
Segundo Costa, se o governo conseguir o acordo com as empresas de telefonia, só com a troca dos PST 80% do território brasileiro fica coberto. Além disso, o programa de Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) está sendo ampliado de 3,2 mil pontos para 18 mil pontos, o que deve adicionar à ligação com a internet mais 10% do território nacional.
Com essas iniciativas sendo bem-sucedidas, ficariam faltando poucos municípios, avalia o ministro, que citou, nesse caso, os que ainda não têm rede elétrica. O ministro contou que há compromisso do governo de investir em infra-estrutura básica nas cidades para a instalação da banda larga.
"Vamos levar a estrutura até a entrada das cidades e de lá vamos licitar para que cada serviço público da cidade (como as escolas) possa ter acesso", afirmou. "O que estamos tentando indicar é que existem elementos capazes de cobrir o Brasil inteiro com uma estrutura de internet de alta velocidade." Ele deixou claro que o governo não quer substituir as empresas. "O governo não tem interesse de explorar (economicamente a atividade) nem de tomar o lugar de ninguém. Queremos a participação de todo mundo."
Costa declarou que o Brasil está construindo "uma vasta rede pública de alta velocidade para atender a escolas, hospitais, delegacias, postos de saúde e associações comunitárias".
No Fórum de Governança da Internet da ONU, no Rio, Costa defendeu a redução do custo de conexão mundial à web. Depois, sugeriu que se poderia fixar parâmetros para o que seria uma tarifa justa.
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