quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Médicos aplicam tratamento genético individualizado nos Estados Unidos

via G1 > Ciência e Saúde

Variantes de DNA foram usadas para calibrar uso de anticoagulantes. Estratégia melhora tratamento e pode ter grande impacto econômico.

Luis Fernando Correia
Especial para o G1, em Orlando.

Um grupo de pesquisadores da Universidade do Arizona conseguiu aplicar de maneira inédita os conceitos da farmacogenética, área que busca desenvolver medicamentos ou tratamentos modificados para obter a melhor resposta quando aplicados a grupos de pacientes que compartilhem variações genéticas.

Os médicos envolvidos na pesquisa utilizaram um teste rápido para identificar grupos de variantes genéticas no consultório. Assim, conseguiam ajustar a melhor dose do tratamento de anticoagulação para um grupo de pacientes.

Esse tratamento é indicado para várias doenças e é de difícil controle. Os pacientes devem fazer exames repetidos para manter seus parâmetros de coagulação dentro de uma estreita faixa, garantindo a eficiência e prevenindo problemas.

O teste usado na pesquisa consiste em um “swab”, algo como um grande “cotonete”, raspado na mucosa da boca. Em uma hora, é possível identificar o perfil genético do paciente existem pelo menos quatro variações de DNA que influenciam no efeito dos anticoagulantes.


Os resultados dos exames seriados de coagulação mostraram que as doses do medicamento necessárias para obter o efeito desejado flutuaram muito de acordo com o número de variações genéticas do paciente. Em alguns casos a medicação teve sua dosagem diminuída para um terço nos pacientes com as quatro variações genéticas e precisou ser aumentada naqueles sem as variações.

Como a anticoagulação é usada largamente, diminuir o número de exames e as doses de medicamento pode trazer grande impacto econômico.

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