Fabricante Intel mostra componentes mais rápidos do mundo, feitos com nanotecnologia
SÃO FRANCISCO A Intel, maior fabricante mundial de microprocessadores, revelou neste domingo, 11, chips mais rápidos produzidos com novas técnicas que podem gravar circuitos quase 200 vezes menores que um glóbulo vermelho.
Os chips são os primeiros a serem produzidos em massa no mundo com o processo de 45 nanômetros e serão cerca de um terço menores do que a atual tecnologia de 65 nanômetros. Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro.
"Em todos os segmentos, estamos melhorando o desempenho e elevando a eficiência energética", diz Tom Kilroy, gerente geral do grupo empresas da Intel.
Conhecidos pelo nome Penryn, os chips não apresentam muitos avanços fundamentais em termos de design, mas representam um passo importante para manter o histórico do setor de produzir chips menores e mais rápidos a cada dois anos, em média.
Eles usam uma nova espécie de transistor - o bloco básico de um chip -, revelado pela Intel há alguns meses e descrito como um dos maiores avanços do setor em quatro décadas.
O Penryn representa um "tique" na chamada estratégia "tique-taque" da Intel, que envolve reduzir o projeto de chips existentes a um tamanho menor e, no ano seguinte, introduzir uma nova planta básica de construção, conhecida como "microarquitetura".
"Eles tomaram um produto bem sucedido e o reduziram e, nesse processo, também o tornam mais rápido", diz Nathan Brookwood, principal analista da consultoria Insight 64.
Brookwood disse ter calculado que os novos chips, que serão vendidos com as marcas Xeon e Core 2, da Intel, seriam capazes de executar softwares com velocidade até 15% maior.
A transição para os 45 nanômetros também é importante para a Intel porque significa que a empresa pode produzir mais chips com uma única placa de silício, o que eleva sua produtividade e ajuda a recuperar o investimento nas fábricas, cuja construção custa três bilhões de dólares por unidade.
A empresa espera estar produzindo a maior parte de seus processadores com circuitos de 45 nanômetros até a metade de 2008, o que reproduziria o ritmo de avanço obtido com seus produtos de 65 nanômetros, disse Kilroy.
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