Em mais um passo para entender como a informação flui pelo cérebro, pesquisadores conseguiram fazer com que um computador induzisse um macaco a jogar videogame.
Com isso, a equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, conhece agora as duas partes do ciclo de impulsos elétricos envolvidas com o movimento: a que vai do cérebro para a máquina e a que retorna da máquina ao cérebro.
'Nós fechamos toda a volta agora, com a comunicação bidirecional entre cérebro e artefato [máquina]', disse à Folha o cientista brasileiro, que ontem apresentou seus mais recentes resultados em Estocolmo, Suécia, em palestra feita no Fórum Nobel, restrito ciclo de conferências organizado pelo Instituto Karolinska, o mesmo que define os vencedores do Nobel.
"Nós fechamos toda a volta agora, com a comunicação bidirecional entre cérebro e artefato [máquina]", disse à Folha o cientista brasileiro, que ontem apresentou seus mais recentes resultados em Estocolmo, Suécia, em palestra feita no Fórum Nobel, restrito ciclo de conferências organizado pelo Instituto Karolinska, o mesmo que define os vencedores do Nobel.
Em experimentos anteriores, a equipe da Duke já havia mostrado como é possível fazer com que um macaco com eletrodos implantados no cérebro movesse remotamente um braço mecânico.
"Agora, nós indicamos ao macaco para onde ele deveria mudar o cursor [do jogo], por meio de uma mensagem que foi entregue direto no cérebro, em forma de padrão elétrico", explica Nicolelis.
Segundo o cientista, houve a interpretação do dado no cérebro do macaco, que moveu o cursor exatamente para onde a máquina havia ordenado. "Agora, a nossa prótese [o braço mecânico] é uma interface cérebro-máquina-cérebro", explicou. [Leia+]
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