Mulheres que usam método têm chance maior de acumular placas e gordura em artéria. Para médicos, no entanto, hábitos saudáveis podem contrabalançar problema.
As mulheres que usam pílulas anticoncepcionais orais correm um maior risco de sofrer endurecimento nas artérias, o que pode provocar doenças do coração e derrames cerebrais, segundo um novo estudo apresentado nesta semana durante o encontro da Associação Americana do Coração, em Orlando, Flórida.
Pesquisadores belgas descobriram que mulheres que consumem a pílula possuem uma tendência maior a ter placas ou uma concentração de tecido adiposo em suas artérias do que mulheres que não usaram esse tipo de controle de natalidade. As taxas da doença aumentaram significativamente com o uso a longo prazo das pílulas, crescendo de 20 a 30% por década de utilização.A probabilidade de sofrer de arteriosclerose aumenta com a idade, mas suas complicações podem ser fatais. Quando as placas se desprendem das paredes dos vasos sanguíneos, podem causar a formação de coágulos que bloqueiam o fluxo de sangue ou ir para outras partes do corpo. Os coágulos que bloqueiam as artérias que levam sangue ao coração ou ao cérebro podem causar infartos ou derrames cerebrais.
Os autores do estudo advertem, entretanto, que as mulheres não deixem de usar os anticoncepcionais orais apenas baseadas nesse estudo, destacando que os resultados são preliminares e que há outras maneiras de diminuir o risco de doenças cardiovasculares.
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