sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Pobreza diminui na Ásia, mas desigualdade cresce

via AFP PEQUIM



A pobreza no Leste Asiático diminuiu consideravelmente, mas as áreas rurais correm o risco de ficar para trás na corrida da modernização, à medida que crescem as disparidades em relação às regiões urbanas, alertou nesta quinta-feira um relatório do Banco Mundial.

O número de pessoas que vive com menos de dois dólares por dia caiu abaixo dos 500 milhões na região, o que significa uma grande queda dos 69% da população, em 1990, aos 27% atuais.

'O rápido crescimento do Leste asiático foi o principal responsável por seu grande êxito na hora de reduzir a pobreza', explicou o economista chefe do Bird, Vikram Nehru, em uma declaração que acompanha a tradicional análise regional semestral.

Mas novos problemas estão surgindo em diferentes subregiões asiáticas à medida que suas sociedades se enriquecem enquanto grupos menores experimentam menos crescimento, o que leva a um incremento da desigualdade.

"A preocupação em torno da disparidade de rendas entre áreas rurais e urbanas é uma das razões pelas quais os governos de países como a China estão renovando suas políticas rurais e agrícolas", acrescentou.

Por outro lado, a China e as outras economias do leste da Ásia manterão sua solidez em 2008, apesar dos efeitos da crise hipotecária nos Estados Unidos e a alta dos preços do petróleo.

Na China se espera que o crescimento seja de 10,8% no próximo ano, abaixo dos 11,3% prognosticados para 2007, segundo a análise.

"O impacto da crise dos créditos imobiliários de risco nos Estados Unidos e novo aumento dos preços do petróleo aumentaram claramente os riscos", afirmou Milan Brahmbhatt, o principal autor do estudo. [Leia+]

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