Animada com a arrecadação de R$ 5,338 bilhões proporcionada pelo leilão de licenças para telefonia celular de terceira geração (3G), encerrado ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já começa a fazer planos para pôr à venda mais uma freqüência em todo o País, que permitirá a entrada de uma quinta concorrente no mercado.
O presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, disse que o preço mínimo da nova licença, chamada banda H, pode chegar R$ 1,4 bilhão, se não forem impostas todas as exigências de universalização exigidas no leilão desta semana.
A licitação dessa nova freqüência deve ocorrer no primeiro semestre de 2008. "Já estamos recebendo apelos das companhias para rapidamente fazermos o leilão da banda H", disse Sardenberg.
Após quase três dias de disputa, a arrecadação total do leilão de 3G superou as expectativas do governo, com ágio médio de 86,67%, o que representa um valor R$ 2,478 bilhões maior que o preço mínimo.
A Anatel fez ontem um balanço final positivo, apesar de o apetite dos competidores ter diminuído, reduzindo os ágios de 200%, do primeiro dia, para prêmios de cerca de 50%.
"Não chegou a ser uma surpresa porque eu previa uma arrecadação superior a R$ 4 bilhões. Mas ultrapassou até mesmo as minhas previsões. Isso mostra o interesse de todas as empresas pela tecnologia", disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Segundo o presidente da Anatel, dos R$ 5,3 bilhões arrematados com o leilão, R$ 700 milhões vão para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), enquanto a maior parte dos recursos será destinada aos cofres do Tesouro Nacional.
Sardenberg destacou que as três maiores empresas Vivo, TIM e Claro tiveram uma participação equilibrada, pagando valores similares para atuar na nova tecnologia.
A Claro desembolsará R$ 1,4 bilhão; a TIM, R$ 1,3 bilhão; e a Vivo, R$ 1,15 bilhão. Ele citou ainda a participação da Oi, da Brasil Telecom e da CTBC na disputa pelas licenças nas regiões onde já atuam. [+]
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