quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Após virar hit em vídeo na Web, Jeremias processa sites por dano de imagem



UOL Tecnologia

Três anos após protagonizar vídeo em que aparece supostamente embriagado, o pernambucano Jeremias José do Nascimento entrou na Justiça contra 10 empresas entre elas os portais UOL, iG, Terra e Globo.com, o buscador Google, a rede de televisão SBT e o site de e-commerce Camiseteria.

Ele alega que a veiculação do vídeo, campeão de acessos na Web, causou danos à sua imagem e rendeu lucro às empresas.

A ação é movida por Jeremias junto à suas advogadas Edicreize da Cruz Santos e Teresinha Mendes Santana Tabosa.

O processo corre na Segunda Vara Cível da Comarca de Caruaru e determina que vídeos e fotografias de Jeremias sejam retirados do ar. Empresas que desobedecerem a recomendação pagarão multa diária de R$ 10 mil.

A acusação alega que o vídeo acarretou embaraço a Jeremias, e que o jornalista autor da reportagem teria se aproveitado da possível embriaguez do entrevistado. Na conclusão do processo, o juiz José Tadeu dos Passos e Silva afirma que a "exploração da imagem do autor passou a ter caráter mercantilista".

Nas imagens que o celebrizaram, Jeremias é filmado dentro de uma delegacia em Caruaru, Pernambuco, após ser detido por suposta direção alcoolizada. Entrevistado pelo repórter de uma emissora afiliada do SBT no Estado, ele cambaleia, diz palavras desconexas e, entre outras frases peculiares, alega que foi "o Cão" que o fez beber.

A matéria televisiva data de 2004. O vídeo, que se espalhou pela Internet, pode ser visto em dezenas de versões, até remixadas a mais acessada já ultrapassou 4 milhões de visualizações no YouTube.

Apesar de as imagens terem sido gravadas há três anos, o processo foi aberto na 2ª Vara Cível da Comarca de Caruaru apenas em 2007.

Contatada pela reportagem, a advogada Teresinha Mendes Santana Tabosa não quis responder perguntas e, antes de bater o telefone no gancho, afirmou que "não caça clientes", garantindo ter sido o próprio Jeremias quem a procurou sem especificar a data do primeiro contato e nem o porquê do atraso na abertura do processo. [+]

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