A evolução favorável do mercado de trabalho ao longo de 2007 tem feito o fantasma do medo do desemprego no início do ano subseqüente se afastar cada vez mais do conjunto de preocupações do brasileiro.
Em um tempo não muito remoto, nas pesquisas de expectativas tendo como objeto os sentimentos em relação a um ano que se iniciaria, a variável 'medo do desemprego' sempre figurava entre as maiores preocupações. Esse temor, pelo que alguns indicadores mostram, já não figura entre as maiores incertezas do trabalhador.
Análise feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, comandado pelo economista e diretor da área Octavio de Barros, sobre os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ressalta esse novo momento da economia do País.
'A evolução favorável do mercado de trabalho tem gerado uma maior confiança das pessoas em relação ao emprego, o que tem sido capturado pelo indicador de medo do desemprego', afirmam os especialistas do Bradesco.
De acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), formulado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador atingiu em dezembro o menor patamar de toda a série histórica, iniciada em maio de 1996. Segundo a metodologia utilizada, quanto maior for o índice, menor será o medo do desemprego.
Na última quinta-feira, dia 20, o IBGE anunciou que a taxa de desemprego em novembro atingiu 8,20% da População Economicamente Ativa (PEA), estimada pelo próprio instituto em 21,400 milhões de pessoas. Foi a menor taxa de desemprego na nova série histórica iniciada em 2002.
A PEA, segundo o estudo do IBGE, ficou estável em relação a outubro, mas cresceu 3,50%, ou cerca de 717 mil postos de trabalho na comparação com o mesmo mês no ano passado. [+]
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