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Em uma experiência feita em animais, cientistas demonstraram que nanopartículas de ouro revestidas com corantes conseguem identificar tumores internos mais cedo e de forma mais eficiente e detalhada do que os métodos pesquisados até agora.
As nanopartículas de ouro são impregnadas com fragmentos de anticorpos, chamados peptídeos ScFv, que se ligam às células cancerososas depois de serem injetadas no organismo. Quando iluminadas com a luz de um raio laser, as nanopartículas refletem um sinal que é mais forte e mais claro do que os produzidos por outros métodos.
"Esta é uma nova classe de agentes nanotecnológicos para localização de tumores e imageamento," diz o pesquisador Shuming Nie, que trabalha nas universidades de Emory e Georgia, ambas nos Estados Unidos.
O Dr. Nie e sua equipe vinha trabalhando com cristais semicondutores capazes de emitir luz, chamados pontos quânticos. Entretanto, o ouro coloidal - partículas de ouro em suspensão - tem uma vantagem essencial em relação aos pontos quânticos: ele parece ser totalmente atóxico para o organismo.Além disso, as nanopartículas de ouro produzem um sinal mais forte e mais claro. O sinal refletido pelas nanopartículas é específico para cada corante utilizado, o que significa que vários tipos de "nano-sondas" poderão ser utilizadas ao mesmo tempo, bastando para isso variar os corantes.
O ouro coloidal já vem sendo utilizado para tratar pessoas com artrite reumatóide há vários anos. Já os pontos quânticos, embora promissores, têm tido sua utilização em humanos retardada por conter cádmio, um metal pesado, e que deverá ter seus efeitos sobre o organismo estudados a longo prazo.
As nanopartículas de ouro são cerca de 60 vezes maiores do que os pontos quânticos, medindo de 60 a 80 nanômetros de diâmetro. O seu brilho, contudo, é 200 vezes maior.
A dimensão é importante para a detecção precoce do câncer, fazendo com que o composto localize tumores que possuem quantidades relativamente pequenas de células.
Os testes mostraram que a nova técnica consegue detectar tumores que estejam localizados a uma profundidade de 1 a 2 centímetros abaixo da pele, o que a torna adequada para localização e a geração de imagens de tumores na cabeça, pescoço e pulmão.
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