De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), quase 800 companhias poderiam, por exemplo, oferecer serviços de telefonia por IP. Poderiam, mas ainda não oferecem. Isso porque, apesar de já ser realidade em países como os Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia e membros da União Européia, a desagregação de redes enfrenta grandes dificuldades no Brasil.
A velocidade média de conexão também é bastante inferior no Brasil em relação a países como Japão e Estados Unidos. 'Ainda que o preço tenha baixado nas capitais, a velocidade raramente ultrapassa 1 Mbps. No Japão, a velocidade média é de 60 Mbps e uma assinatura custa em torno de R$ 15', diz Cuza.
Segundo Eduardo Tude, engenheiro em telecomunicações da consultoria Telco, as operadoras criam diversos entraves burocráticos e inviabilizam a prática do unbundling no país. 'A operadora dá, geralmente, um preço completamente inviável. Além disso, alega questões técnicas para evitar o aluguel de espaço para colocar equipamentos.' [Leia+]
A saída seria ter uma agência reguladora forte, que imponha normas, regras e uma tabela de preços justa para o aluguel. Em 2004, a Anatel estabeleceu valores para viabilizar, de acordo com Tude, mas falhou.
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