sábado, 27 de dezembro de 2008

Nova teoria aponta chances de vida em lua de Júpiter

Presos sob o gelo, os oceanos escondidos de Europa, uma das luas de Júpiter, podem ser turbulentos ao invés de plácidos, segundo novo estudo. Tal agitação oceânica se traduz em um maior potencial para a existência de vida.
Robert Tyler, oceanógrafo da Universidade de Washington, usou simulações de computador para mostrar que os efeitos de Júpiter em sua lua Europa podem funcionar de modo diferente do que os cientistas acreditavam. 
Ao invés de apenas pressionar as partes sólidas da lua - comprimindo as rochas e formando uma concha global de gelo - a força implacável de Júpiter pode também gerar ondas planetárias enormes no oceano submerso de Europa.
Essas ondas poderiam ser os veículos primários de distribuição de energia, como calor, ao longo da lua. A nova teoria se opõe a uma idéia muito difundida de que o oceano de Europa é calmo.
- De repente, toda a nossa concepção se volta para oceanos energéticos que se movimentam sob o gelo," Tyler disse. 
"Considero o caso específico de Europa, mas os resultados gerais se aplicam igualmente a outras luas com possíveis oceanos, ele escreveu no artigo, que aparece na Nature. Essas luas incluem Calisto e Ganímedes de Júpiter, bem como Encélado e Titã de Saturno. [Leia+]
"Europa orbita Júpiter de uma forma mais ou menos alongada. Quando alcança as curvas mais pontiagudas de cada lado, a lua estremece lançando uma energia reprimida, que se traduz em marés. Tyler é o primeiro a sugerir que Europa, como a Terra, pode dissipar a maior parte das pressões de marés em ondas oceânicas."

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