No xadrez, onde os elogios aos rivais costumam ser poucos e discretos, ele conquistou excepcionalmente o reconhecimento dos outros campeões mundiais que o conheceram e enfrentaram.
Euwe o considerou "inigualável no final e no puro jogo posicional; como tático, insuperável"; Botvinnik escreveu que "Capablanca era o mais talentoso; de todos os campeões que conheci foi dele que recebi a melhor impressão"; Alekhine, apesar de não falar com Capa por quinze anos, elogiou-o como "o maior gênio do xadrez"; enquanto Lasker disse: "Conheci muitos enxadristas, mas apenas um gênio, Capablanca".
Capablanca conquistou o primeiro ou o segundo lugar em trinta dos 35 torneios de que participou e perdeu apenas 35 partidas em matches e torneios de um total de 567 em toda a sua vida. Houve, inclusive, um período de oito anos (1916-24) sem uma única derrota, ao passo que sua média geral de derrotas em torno de 5,5 % é aproximadamente metade das de Lasker e Alekhine e só veio a ser igualada no auge das carreiras de Fischer, Karpov e Kasparov.
Até o aparecimento de Fischer, meio século depois, Capa foi o único grande mestre do xadrez do Ocidente cujo nome era conhecido pelo público, que, inclusive, comparecia em massa às suas partidas. [+]
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