quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Proporções excepcionais do sistema binário M33 X-7 não podem ser explicadas pelos modelos atuais

via FAPESP

Um grupo internacional de astrônomos localizou um buraco negro estelar de proporções excepcionais em órbita em torno de uma estrela gigante. Com massa 16 vezes maior do que a do Sol, trata-se do maior buraco negro estelar conhecido.

Um buraco negro estelar é formado pelo colapso gravitacional de uma estrela gigante no fim de sua vida. A descoberta foi relatada na edição desta quinta-feira (18/10) da revista Nature.

De acordo com os cientistas, o achado é notável porque os modelos que explicam a formação desse tipo de buraco negro dificilmente poderiam produzir algo com mais de dez vezes a massa solar.

A descoberta tem implicações intrigantes para a evolução e o destino das estrelas gigantes.
Outros buracos negros supermassivos encontrados nos centros de praticamente todas as galáxias têm massas milhões ou bilhões de vezes maiores do que a do Sol, mas não são do tipo estelar.

A equipe coordenada por Jerome Orosz, da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos, encontrou o buraco negro e sua estrela na galáxia espiral Messier 33, também conhecida como galáxia do Triângulo, que fica a cerca de 3 milhões de anos-luz da Terra.

O buraco negro passa diretamente diante da estrela gigante em sua órbita, eclipsando a emissão de raios X. Isso permitiu que a equipe calculasse a massa dos dois objetos com precisão maior do que a habitual.

A estrela, cuja massa é 70 vezes superior à do Sol, também é a mais massiva conhecida em um sistema binário de raios X (sistemas compostos de uma estrela gigante e um buraco negro ou estrela de neutrons). [Leia+]

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