da France Presse, em Washington Uma equipe de cientistas americanos decifrou o genoma do gato doméstico, o sétimo mamífero incluídos o homem e o chimpanzé a ter os genes completamente identificados.
O trabalho abre um novo campo de investigação médica para esses felinos, mas também para os humanos. A pesquisa, publicada no jornal 'Genoma Research', foi realizada no DNA de um gato da espécie abissínio, de quatro anos, chamado Cinnamon (canela), com linhagem remontando a várias gerações na Suécia.
Cinnamon é atualmente objeto de uma análise comparativa com outros trabalhos genéticos já conduzidos sobre gatos, assim como os genomas de outros mamíferos. Os cientistas do Laboratório Cold Spring Harbor, de Nova York, identificaram 20.285 genes formadores do genoma do gato.
Para tanto, analisaram as semelhanças entre o genoma do felino e dos outros seis mamíferos já seqüenciados: homem, chimpanzé, camundongo, cão, rato e vaca.
O gato doméstico é um excelente modelo de investigação para estudar as doenças humanas e, por isso, a análise do genoma desse felino pode levar a descobertas médicas.
Esses animais sofrem mais de 250 problemas hereditários, dos quais boa parte é similar a patologias genéticas humanas, afirmam os pesquisadores.
O gato pode ser também um modelo de estudo sobre doenças infecciosas como a Aids. O FIV (vírus da imunodeficiência felina) é geneticamente próximo ao que afeta o ser humano, o HIV.
Os cientistas conseguiram ainda identificar milhares de mutações que podem servir para determinar a origem genética de doenças hereditárias comuns.
Tais variações também são úteis para realizar testes destinados a estabelecer vínculos de parentesco, estudar a evolução das espécies e sua adaptação ao meio ambiente com o passar do tempo.A decodificação do genoma do gato provavelmente também pode gerar tratamentos que permitam cuidar melhor desse animal doméstico. A sociedade protetora dos animais estima que existam hoje cerca de 90 milhões de gatos nos Estados Unidos.
O projeto do genoma do gato é dirigido pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos em Frederick, Maryland. O Cinnamon vive em uma colônia de gatos da Universidade de Missouri-Columbia.
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