Reuters
A autoridades israelenses planejam lançar um novo sistema de identificação contra sequestros para uso em aviões que seria à prova de erros. Alguns especialistas, no entanto, não estão convencidos de que ele sirva para cobrir todas as brechas de segurança.
A partir do ano que vem Israel exigirá que pilotos que conduzam aeronaves a seus aeroportos empreguem o Security Code System (SCS), uma invenção local desenvolvida para garantir que aviões sequestrados para ataques ao estilo da Al Qaeda sejam descobertos em tempo.
Israel planeja conduzir um teste do sistema, que usa um teclado do tamanho de um cartão de crédito, no mês que vem, em cooperação com cinco companhias aéreas dos Estados Unidos, Europa e África. Cerca de 10 mil unidades serão distribuídas, e Israel arcará com o custo.
Os pilotos que não passarem pelo teste de autenticação quando se aproximarem do espaço aéreo israelense terão sua entrada no país negada. Caso o avião prossiga mesmo assim, ignorando novas advertências, Israel enviará caças em patrulha para uma interceptação.
Na pior das hipóteses, isso poderia resultar na derrubada de um avião. "Não é possível iludir o sistema", disse Dani Shenar, chefe de segurança no Ministério dos Transportes israelense. "O sistema oferece alto nível de confiança quanto ao avião estar sendo pilotado por quem de direito, o que representa uma grande vantagem em termos de evitar alertas de segurança desnecessários", afirmou.
Ele disse que o sistema sabe como diferenciar entre "um seqüestro clássico, para tomada de reféns, e um seqüestro ao estilo do 11 de setembro." Shenar e a empresa que desenvolveu o SCS, a Elbit Systems, se recusaram, por motivos de segurança, a oferecer detalhes sobre a tecnologia e os procedimentos envolvidos.
Diversos especialistas que conhecem a metodologia israelense dizem que o sistema se baseia na suposição de que o seqüestro tomará uma de duas formas.
Os sequestradores podem matar os pilotos e assumir o controle - como parece ter sido o caso nos ataques contra os EUA em 11 de setembro ou forçar os pilotos a responder ao sistema, na esperança de ganhar tempo bastante para chegar a Israel e conduzir o avião a um alvo.
No primeiro caso, os sequestradores não poderiam responder ao entrar no espaço aéreo israelense, o que daria às autoridades 15 minutos para reagir. No segundo, os pilotos devem transmitir um alerta sobre sua situação, mas Shenar não explicou de que forma.
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