quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Cientistas querem conhecer cidade antiga medindo partículas cósmicas

G1

Arqueóloga quer confirmar que não há tumbas no interior da maior pirâmide.
Teotihuacan era o centro político da região no passado.

Cientistas mexicanos tentam conhecer as entranhas da cidade pré-hispânica de Teotihuacan, ao nordeste da capital mexicana, realizando medições de partículas cósmicas que chegam da estratosfera, informa nesta quarta-feira (26) a imprensa local.

A arqueóloga Linda Manzanilla, da Universidade Nacional Autônoma do México, quer confirmar que não há tumbas no interior da maior pirâmide do complexo, informa o jornal "Excelsior".

Localizada nas encostas da Calçada dos Mortos, a Pirâmide do Sol tem uma base quadrangular de 215 metros de cada lado, 65 metros de altura e um milhão de metros cúbicos de volume.

Manzanilla quer saber onde foi parar os túmulos dos governantes de séculos atrás do centro do México, analisando com detalhe os restos de Teotihuacan."Não está claro onde enterravam os senhores (...).

Segundo minha hipótese não devem estar na Pirâmide do Sol, mas é melhor fazer uma tomografia e deixar de lado que não há uma câmara em seu interior", declarou Manzanilla ao jornal.

A técnica que vai utilizar para corroborar sua hipótese é colocar detectores de "muones" (partícula cósmica subatômica de curta vida) na base e diversos pontos da pirâmide para tentar conhecer sua densidade e deduzir o que pode haver em seu interior.

A pirâmide é dedicada a Tlaloc, o deus da chuva, e em março próximo serão colocadas nela os instrumentos para realizar as medições das partículas cósmicas pertinentes pelo período de um ano.

Teotihuacan é considerado pela arqueóloga o centro político da região, que estuda desde 1997 a vida cotidiana, cerimonial e política de seus habitantes pré-colombinos.

A zona arqueológica de Teotihuacan viveu seu esplendor ao redor do ano 500 de nossa era e nela viveram entre 120.000 e 200.000 pessoas que a abandonaram misteriosamente anos depois.

É a mais visitada a cada ano no México e foi declarada em 1987 Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

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