Folha Online
Natal e crianças foram feitos uns para o outro. E, na carta escrita para o Papai Noel, pode não constar só uma TV, um videogame ou um DVD, mas tudo isso em um carro que voa.
É assim que as crianças vêem o veículo do futuro, revela uma enquete feita pela Folha com 320 crianças de oito a 12 anos de seis escolas paulistanas.
Apesar da preocupação com o ambiente, a garotada mostra que preza velocidade e marca, o que preocupa especialistas. 'Todos os carros terão portas do tipo 'tesoura' [que se abrem para cima], TV, DVD e telas de LCD na cabeceira dos bancos.
Os combustíveis não afetarão a camada de ozônio', resume Jéssica Plácido Martins, 12, do colégio Brasília.
Ana Luisa Assis, 10, que estuda no Paulista, completa: "Ele irá voar a 900 km/h e custará US$ 10. Até as crianças poderão dirigi-lo, pois ele terá piloto automático".
Na pesquisa, além do carro do futuro, as crianças deveriam responder se gostavam do carro dos pais e qual modelo gostariam que eles comprassem.
"Queria um Dodge Viper V10 biturbo que "beliscasse" os mil cavalos, com muito estilo e rodões aro 20", detalha, com sabedoria, Thais dos Santos Marques, 11, do mesmo colégio.
"Há 50 anos, as crianças comparam os carros dos pais. É uma forma de dizer "O meu [pai] é melhor que o seu'", explica a psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão.
Não é à toa que 18% das crianças indicaram a Ferrari como a marca preferida. Em segundo lugar vêm as limusines (de qualquer marca), seguidas por Lamborghini e Porsche.
"Eles pensam no carro do futuro como uma extensão da sua própria casa. Quanto maior, mais chances de levar brinquedos e amenizar o tédio dos congestionamentos", diz Sayão.
Verdade absoluta, pelo menos para Isabella Scuotto, 10, do Augusto Laranja. Afirma ela: "O carro será alto e espaçoso, com teto solar gigante, frigobar, espreguiçadeira e ofurô".
Daí a vontade de 85% das crianças terem carros voadores, como os do desenho "Os Jetsons". Metade delas se diz preocupada com o ambiente.
"O carro do futuro será movido a água, que não agride o ambiente", prevê Jainá Chagas de Oliveira, 10, do Renovação. Sua colega Thaís Sartorelli Fukuda, 11, ratifica: "Poluirá menos. E espero que isso ocorra mesmo".
Segundo Carneiro, muitas escolas fazem trabalhos de conscientização do ambiente. Por isso, somado ao tema presente na mídia o tempo todo, as crianças se preocupam.
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