Nichola Groom
Desde a transformação do óleo da batata frita em combustível até o menor consumo de água em suas torneiras, o McDonald's vem testando formas de reduzir o impacto ambiental de suas mais de 31 mil lanchonetes espalhadas pelo mundo.
Presente em 118 países e em parte por isso alvo constante dos ativistas anti-globalização , a rede norte-americana está testando várias iniciativas ambientais, pois, segundo Bob Langert, vice-presidente de responsabilidade social corporativa, não faz sentido impor uma solução única a todo o sistema.
'No Japão, que tem um território muito limitado, a questão é o lixo. Na Austrália, trata-se da água. Não há um tamanho único quando se trata de iniciativas ambientais', disse ele.
Nos últimos 20 anos, segundo o executivo, o McDonald's adotou várias medidas ambientais, mas a maioria invisíveis para os consumidores, com a redução na quantidade de embalagem usada, o uso de recursos pesqueiros mais sustentáveis e a compra de mais material reciclado.
Langert se envolveu com os programas ambientais da empresa depois de trabalhar, em 1988, no projeto de eliminação das embalagens feitas com gás CFC, nocivo à camada de ozônio. Nos últimos anos, segundo ele, cada vez mais os mercados e franquias criam individualmente suas iniciativas ambientais.
Na Suíça, por exemplo, a instalação de mictórios secos nas lanchonetes reduziu em quase 10% o consumo de água. No Reino Unido, algumas lojas estão transformando o óleo de fritura em biodiesel, que abastece os caminhões que fazem entregas na rede.
Em 2005, um franqueado de Savannah (Geórgia, Costa Leste dos EUA) abriu a primeira lanchonete do McDonald's certificada pelo sistema Leed ("liderança em energia e design ambiental," na sigla em inglês). A meta, segundo Langert, é usar as lojas da empresa como "laboratórios de experimentação verde".
A transformação do óleo de fritura em biodiesel, por exemplo, "pode ganhar escala com o tempo" e "o prognóstico é que na verdade economizaremos dinheiro". Além disso, o McDonald's promove novos projetos arquitetônicos nas lojas, incorporando mais luz natural e gastando menos energia.Até agora, muitas inovações são pouco visíveis, como o sistema de "notas ambientais" para os fornecedores e a adesão a uma moratória do Greenpeace contra a soja plantada em áreas recém-desmatadas da Amazônia.
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