Publicação também lembrou a reprogramação de células da pele para células-tronco.
A medalha de bronze foi para pesquisa de raios cósmicos, que envolve brasileiros.
O grande destaque científico de 2007 foram os avanços que permitiram que os cientistas identificassem as diferenças no genoma de uma pessoa para a outra, de acordo com uma das publicações mais respeitadas da área, a revista americana “Science”.
“Agora, passamos de perguntar o que no nosso DNA nos torna humanos para buscar o que no meu DNA me torna eu”, afirma o texto da publicação, que apresentou também os outros nove destaques da ciência no ano.
Dos 15 milhões de locais no genoma que definem as diferenças individuais e entre populações, os cientistas já conseguiram mapear mais de três milhões, em mais de uma dúzia de estudos publicados.
Conseguir isso abriu caminho para curas e novos tratamentos de doenças como câncer, arterosclerose, diabetes, asma e esclerose múltipla. E também começou a revelar detalhes menores como por que uma pessoa gosta de chocolate, por que alguém tem sardas ou cabelo ruivo. “É tanto empolgante quanto assustador”, afirma a “Science”.
Os avanços prometem tanto revoluções médicas quanto possíveis novos problemas, como ameaças à privacidade das pessoas e riscos de discriminação genética. O Congresso americano já discute maneiras de impedir que empregadores e empresas de seguro prejudiquem pessoas usando informações do genoma.
A medalha de bronze foi para um trabalho que envolve participação de pesquisadores brasileiros, o do Observatório Pierre Auger, na Argentina, que está desvendando as origens dos raios cósmicos, as partículas mais energéticas já vistas. Em novembro, a equipe do observatório deu um importante passo na resolução do enigma ao descobrir que os raios mais energéticos (e raros) de todos provavelmente vêm de enormes buracos negros no centro de galáxias razoavelmente próximas da Via Láctea.
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