via Bem Paraná
Agência FAPESP
O serviço secreto israelense descreve como “pressão física moderada” certos métodos de interrogatório aplicados em detentos árabes. Militares norte-americanos qualificam como “tortura light” técnicas semelhantes utilizadas na chamada guerra contra o terrorismo.
Mas, para Jessica Wolfendale, autora do livro Torture and the military profession (2007) é tudo a mesma coisa. Segundo a pesquisadora do Centro de Filosofia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne, Austrália, todas essas práticas não passam de tortura.
Segundo ela, o termo “tortura light” é amplamente utilizado no debate público internacional sobre a tortura, referindo-se a métodos de interrogatório nos quais a vítima é submetida por diversas horas, por exemplo, à privação de sono, à permanência em posição desconfortável, à exposição à luz intensa e música em alto volume ou ao uso de capuz na cabeça e algemas nos pés e mãos. [Leia+]
“Essa distinção entre modalidades de tortura, muito usada por torturadores, mas também pelos jornalistas e intelectuais que estudam o tema, é profundamente nociva para as democracias, pois alimenta uma ilusão de que algum tipo de tortura possa ser compatível com o estado de direito.”
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