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Kindle gasta pouca energia e oferece internet sem fio grátis nos Estados Unidos. Livros custam a partir de US$ 3; usuário também pode assinar jornais e blogs.
DAVID POGUE
Do New York Times
É preciso muita audácia para lançar um leitor de livro eletrônico em 2007. Sem dúvida, a idéia tem o seu atrativo: um leitor eletrônico permite que você armazene centenas de livros, pesquise ou pule para qualquer parte do texto e aumente o tamanho da fonte quando sentir a vista cansada.
Assim, os aparelhos para ler livros eletrônicos continuam chegando e frustrando, como é o caso do Rocket eBook Reader, do Gemstar, Everybook, SoftBook e Librius Millenium Reader. O Sony Reader continua nas lojas, custando US$ 350 e abocanhando literalmente dezenas de vendas.
Mas a verdadeira revolução está no serviço gratuito de banda larga sem fio do Kindle. Olha, se você acabou de engasgar com o café, você está perdoado; as palavras "gratuito" e "banda larga sem fio" quase nunca foram usadas na mesma frase antes.
O Kindle faz o acesso on-line usando a rede de dados de celular 3G da Sprint, o mesmo serviço que custa US$ 60 por mês para usuários de laptops corporativos. O preço do Kindle dói menos quando você fica sabendo que a Amazon pagará toda a sua conta das conexões sem fio.
A loja do Kindle oferece as listas dos best-sellers, listas mais populares e uma caixa de pesquisa. O catálogo inclui 90 mil livros até agora, com 101 dos atuais 112 best-sellers do ranking do New York Times.
Esse número desbanca o catálogo da Sony (20 mil livros), mas a Amazon afirma que isso é apenas a ponta do iceberg. Seu objetivo é que todo e qualquer livro impresso na face da Terra esteja disponível para download instantâneo.
É uma idéia revolucionária. Alguém comenta sobre um ótimo livro, qualquer livro. Você varre o Kindle, faz o download do livro em 60 segundos e começa a lê-lo.
O Kindle também toca os áudio-livros que você compra do Audible.com, mas eles precisam ser comprados e carregados a partir de um computador. Você pode até tocar arquivos MP3 como música de fundo para a sua leitura (apenas no modo random).
Embora a maioria das pessoas sempre preferirá a sensação, o preço e a simplicidade do livro em papel, o Kindle é, de longe, o aparelho mais bem-sucedido a inserir a leitura na era digital.
Não, não é a última palavra em leitura de livros. Mas quando seu preço diminuir e seu design se tornar mais arrojado, o Kindle poderá ser o começo de um novo capítulo imperdível.
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