Além de o Estado de São Paulo ter a maior produção científica da América Latina, nos Estados Unidos não há nenhuma universidade que forme mais doutores por ano do que a Universidade de São Paulo (USP) ou a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A comparação foi feita por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, no painel 'Políticas de inovação e parcerias público-privadas: o que precisa ser feito', realizado na capital paulista, durante o seminário O Desafio da Inovação no Brasil.
Brito Cruz ilustrou com um ranking do número de doutores formados por ano em universidades paulistas e norte-americanas. A USP aparece em primeiro lugar por formar, todos os anos, cerca de 2 mil doutores, seguida da Unicamp, com cerca de 870.
Em terceiro lugar aparece a Universidade da Califórnia em Berkeley, com média de 769, seguida da Universidade do Texas em Austin, com 702, e da Universidade da Califórnia em Los Angeles, com 664 doutores formados anualmente.
"Temos capacidade de produzir conhecimento altamente competitivo mundialmente, o que seria suficiente para inovarmos mais. Mas, como o foco da inovação deve estar nas empresas, há forte desequilíbrio no aproveitamento dessa capacidade científica pela indústria nacional", disse.
Uma das causas é que, do total de cientistas brasileiros, apenas 23% (menos de 20 mil) desenvolvem pesquisas em laboratórios industriais, enquanto que na Coréia do Sul e nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 54% (94 mil) e 80% (790 mil) dos cientistas, respectivamente, estão empregados nas indústrias para o desenvolvimento de produtos e processos inovadores. [Leia+]
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