segunda-feira, 25 de junho de 2007
A Singularidade eo destino pós-humano
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Profetas do apocalipse não faltam no planeta. E os há de todos os tipos. Os religiosos, sobretudo americanos, que aguardam para os próximos anos o fim deste mundo e o advento do Reino dos Céus. Há os que prevêem mudanças radicais no clima, capazes de destruir os habitats de várias espécies. Há quem preveja uma crise dramática de escassez de água.
Mas, diferentes de todos esses, há pessoas como o matemático Vernor Vinge, de 60 anos, escritor de ficção científica e ganhador de quatro Hugo Awards, o Oscar do gênero. Ele enveredou por essa área da Literatura inspirado por seus ídolos, Arthur C. Clarke, Robert Heilein e Isaac Asimov. Sua fama surgiu com a publicação, em 1981, de True Names, na qual descrevia redes de computadores e os efeitos da internet - que na época nem sequer existia - sobre a vida das pessoas.
O primeiro prêmio veio em 1992 com a obra A Fire Upon the Deep, em que descreve uma galáxia dividida em zonas de pensamento. Quanto mais distante do centro, mais elevado seria o nível de tecnologia nessas paragens. A Terra, na descrição de Vinge, ocuparia a zona lenta, onde estão os incapazes de superar a velocidade da luz.
Há 30 anos, o então professor de Ciência da Computação da San Diego State University (ele se aposentou em 2002) desenvolveu a idéia de que o avanço tecnológico na área de informática vai pôr fim à vida como a conhecemos. Nos últimos anos, ele tem se dedicado a burilar e explicar esse conceito. Quem acha que se trata de delírio de cientista maluco precisa saber que Vinge dá consultoria para grandes empresas e suas palestras são concorridíssimas.
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