segunda-feira, 25 de junho de 2007
Visita à névoa venusiana
via G1
No começo do mês, enquanto todo mundo estava prestando atenção às peripécias da tripulação do ônibus espacial Atlantis em sua missão na Estação Espacial Internacional (ISS), uma sonda americana chamada Messenger fez um sobrevôo rasante do nosso vizinho mais próximo, o planeta Vênus.
Pois é, Vênus, visto de uma forma convencional (por uma câmera que detecta luz nas freqüências que normalmente os humanos enxergam), não tem a menor graça. É apenas uma bola clara (que seria amarelada, não fosse a imagem em preto-e-branco), sem nenhum tipo de detalhe observável.
Para ver alguma coisa interessante, é preciso no mínimo ter uns filtrozinhos para ultravioleta (freqüência em que é possível observar pelo menos alguns detalhes na dinâmica atmosférica do planeta) ou, na melhor das hipóteses, estar equipado com um radar, que permite mapeamento detalhado da superfície sem "fotos" convencionais.
A Messenger, no entanto, estava só de passagem por Vênus, e seus equipamentos foram projetados para fazer as melhores observações possíveis de outro mundo: Mercúrio, por onde ela deve passar de raspão em janeiro do ano que vem e, em março de 2011, se instalar em órbita ao redor do primeiro planeta do Sistema Solar.
Ela será apenas a segunda espaçonave a visitar aquele globo celeste, e a primeira a se colocar em órbita ao redor dele. Para que se tenha uma idéia de nosso desconhecimento, Mercúrio teve apenas pouco mais da metade de sua superfície mapeada até hoje, graças à sonda americana Mariner 10.
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