segunda-feira, 30 de julho de 2007

Grafite pode substituir silício em chips

via Terra

Pesquisadores americanos desenvolveram um novo material à base de grafite que pode substituir tanto o cobre quanto o silício em chips de computadores. Além de permitir uma maior miniaturização, o grafite pode baixar os custos de produção.

De acordo com o site Physorg.com, os pesquisadores do Instituto Politécnico Renssealer, nos Estados Unidos, criaram um material chamado grafene (graphene, em inglês), uma espécie de película composta exclusivamente por átomos de carbono. A espessura deste fino filme é de exatamente um átomo.

Durante a pesquisa, foram encontradas maneiras de controlar a condutividade do grafene, tornando possível fabricar o material com características elétricas próximas às do cobre. Isso possibilitaria substituir o cobre - caro e difícil de trabalhar quando a miniaturização é muito grande - por grafene. Os cientistas do Renssealer esperam no futuro conseguir que o grafene tenha as mesmas propriedades semicondutoras do silício, permitindo que um chip seja fabricado exclusivamente com ele.

Ao contrário do silício e do cobre, que têm jazidas limitadas e são materiais cada vez mais caros, o carbono é um dos elementos mais abundantes na natureza e é o subproduto de praticamente todas as atividades humanas. O efeito estufa, por exemplo, principal fator que provoca o aquecimento global, é causado por excesso de carbono na atmosfera. A utilização de material tão abundante em substituição a elementos caros e cada vez mais raros pode colaborar para a redução do custo de fabricação de equipamentos eletrônicos e ainda ajudar a resolver outros problemas, inclusive ambientais.

Segundo o serviço de notícias do Instituto Politécnico Renssealer, o processo para obter o grafene em laboratório foi bastante curioso. As "minas" de grafite usadas em lapiseiras e lápis são, na verdade, várias camadas de carbono com espessura monoatômica enroladas umas às outras. Depois de anos de pesquisas, em 2004 os cientistas descobriram que bastava usar fita adesiva comum, encontrada em qualquer supermercado, para separar uma camada da outra.

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