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Interação de partículas de diesel e lipídios pode causar arterioesclerose.
Controle da poluição torna-se importante na prevenção de doenças cardiovasculares.
A poluição atmosférica é um importante causador da ateriosclerose, doença que provoca ataque cardíaco e derrame cerebral, revelou um estudo divulgado nesta quarta-feira (25) pela revista “Genome Biology”. Segundo os cientistas, as gorduras que congestionam as artérias interagem com as partículas do ar e ativam os genes, desencadeando inflamações.
"Quando somamos partículas de diesel ao colesterol, a combinação cria uma sinergia perigosa, que causa um desastre cardiovascular", alertou David Geffen, da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia.
Os cientistas afirmam que as partículas da poluição aérea geralmente estão cobertas por hidrocarbonetos orgânicos, metais de transição, sulfatos e nitratos. Os hidrocarbonetos orgânicos e os metais de transição inflamam as vias aéreas, o que provoca inflamação vascular, lesões arteriais e o surgimento de coágulos, que geram ataques cardíacos e derrames cerebrais.
Durante o estudo, os cientistas observaram uma interação entre as partículas de diesel e os lipídios oxidados. “Essa interação causava uma inflamação celular, o que é um importante fator de risco da ateriosclerose”, disse Jesús Araujo, professor auxiliar de medicina e cardiologia ambiental da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia. Além disso, “a interação deixou uma pegada genética que revela de que forma as partículas e o colesterol aceleram o estreitamento e bloqueio dos copos capilares”, acrescentou.
“Nossos resultados sublinham a importância de controlar a poluição atmosférica como outro instrumento para prevenir as doenças cardiovasculares”, observou Ke Wei Gong, cardiologista da Universidade da Califórnia.
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