A revista americana PC Magazine selecionou em um artigo cinco novas tecnologias que prometem revolucionar a computação como a conhecemos. As novidades vêm de centros norte-americanos de pesquisa bastante famosos, como o Bell Labs e a Microsoft Research.
A revista publicou esta semana uma reportagem sobre os cinco grandes centros de pesquisa de tecnologia dos Estados Unidos - Bell Labs, HP Labs, IBM Research, Microsoft Research e o Palo Alto Research Center (PARC). De cada um deles, selecionou um produto que pode revolucionar a computação nos próximos anos. Confira:
Pluribus (HP Research): tecnologia que permite criar um supertelão para home teather usando vários projetores para PC em paralelo, criando uma tela de dimensões cinematográficas. Será possível, por exemplo, reunir amigos em casa, cada um trazendo seu projetor, e fazer uma sessão particular de cinema - ou de games.
Soap (Microsoft Research): dispositivo apontador que não precisa de uma superfície lisa para funcionar, aceitando movimentos de mão feitos em pleno ar. Trata-se de uma espécie de mouse sem fio envolvido por uma luva de tecido. A luva funciona como mousepad, e o dispositivo é girado e friccionado lá dentro, registrando os movimentos. O nome (soap é "sabão", em português) deve-se ao fato de que, para ser operado, o mouse gira na mão do usuário como se fosse um sabonete molhado. Como dispensa uma superfície lisa por perto sobre a qual apoiá-lo e movê-lo, permite que o computador seja operado em qualquer ponto do ambiente dentro do raio de alcance do dispositivo, independentemente da posição ou postura do usuário.
Computação quântica (Bell Labs): a idéia de usar os princípios inovadores da física quântica em computadores, de forma a elevar seu desempenho a níveis nunca vistos, não é nada nova. Mas jamais se conseguiu algo de concreto na área. Os laboratórios Bell, entretanto, estão desenvolvendo um novo projeto de computação quântica que deve liberar esse poder de processamento em no máximo 20 anos.
Content Centric Network - CCN (PARC): em uma rede, quando se precisa obter um dado, faz-se em geral uma conexão a um ponto central, chamado de servidor, que possua esse dado. Isso pode provocar uma avalanche de conexões a este mesmo ponto, para obter um mesmo dado, por diferentes pessoas. O CCN retira o servidor do papel principal e coloca a informação solicitada como item mais importante da rede. Cada um dos usuários solicita um determinado dado e obtém a cópia mais próxima de si, em vez de ir buscar o original no servidor.
Cérebro artificial (IBM Research): não se trata de construir um computador tradicional, com hardware e software, que imite o comportamento da mente humana. O que a IBM está fazendo em seu Almaden Research Center, na Califórnia, é duplicar um cérebro humano real - neurônio por neurônio, sinapse a sinapse. Apesar da neurologia ainda estar engatinhando e os cientistas não saberem como o cérebro humano funciona, a construção do cérebro artificial pode ser um marco na computação - e, numa espécie de engenharia reversa, ajudar a entender como o cérebro biológico funciona.
Alguns desses centros de pesquisa são bem antigos e famosos por suas contribuições à ciência. Os Bell Labs, por exemplo, produziram o sistema operacional Unix. Já o PARC, o mais antigo de todos, deu ao mundo diversas grandes inovações como a rede Ethernet, a interface gráfica com o usuário e a impressora laser. A interessante matéria da PC Magazine americana pode ser lida, em inglês, pelo atalho dtmurl.com/aup.
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