segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Apesar de medo, "idosos" ganham força na internet

via G1 > Tecnologia



Número de "idosos" que navegam em casa subiu de 122 mil para 265 mil em quatro anos. Sites como Portal 3ª Idade têm conteúdo voltado para esse público.

Idalina Messias, 65, descobriu há quatro anos que poderia usar o computador para encontrar respostas rapidamente, fazer pesquisas e conversar com os amigos. Joaquim Cogo, 79, comprou seu primeiro computador pessoal há dez anos, logo depois de se aposentar. Hoje ele tem duas máquinas -- um desktop e um notebook, para viagens --, usados para buscas on-line e comunicação. Os dois fazem parte do grupo de internautas da terceira idade, pessoas que precisaram superar o medo da tecnologia para habitar o universo virtual.

Apesar de esse grupo ainda ser bastante restrito, ele dobrou de tamanho nos últimos quatro anos. Entre os 18 milhões de usuários residenciais da internet brasileira registrados em junho de 2007, 1,48% (cerca de 265 mil) tinham mais de 65 anos. Segundo o Ibope//NetRatings, em junho de 2003 esse público respondia por ou 1,55% dos 7,9 milhões de usuários da web residencial, ou cerca de 122 mil pessoas.

“A quantidade de internautas com mais de 65 anos está crescendo, mas proporcionalmente se mantém estável. Isso acontece porque, apesar de estarem em número muito maior hoje do que há alguns anos, os idosos perdem espaço proporcional para os mais jovens”, explicou ao G1 Alexandre Magalhães, gerente de análise de mercado do Ibope Inteligência. “As crianças que moram onde há internet convertem-se 100% em usuários da web. Os idosos, não. Parte deles torna-se internauta, mas esse acesso não é algo ‘natural’ em suas vidas”, continuou o especialista.


Uma das principais barreiras para a popularização da web entre esse público está no medo da tecnologia. Cogo reconhece que é preciso ter paciência para aprender a lidar com o computador, mas acredita que o esforço vale a pena. “Faço muitas consultas na internet, até para conferir a lista de telefone e encontrar algum endereço no mapa”, conta o aposentado, que não se considera um “fanático” por computador. [leia+]

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