O vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), Mohan Munasinghe, afirmou ontem no Rio que está confiante na adoção de metas mais rígidas de redução das emissões de carbono numa segunda versão do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que estabeleceu metas até 2012 para redução dos gases de efeito estufa.
Segundo ele, apesar de os EUA não terem participado do primeiro acordo e de algumas metas dificilmente serem atingidas, há mais consenso hoje para adotar regras mais rígidas a partir de 2012. 'Sabemos que, infelizmente, algumas metas do Protocolo de Kyoto não serão atingidas, mas esperamos que o pós-Kyoto tenha regras ainda mais rígidas.
Hoje, há mais pressão por parte da sociedade sobre os políticos.' Ontem, numa reunião na Indonésia, representantes de governos do mundo todo concordaram em fixar 2009 como data-limite para produzir o acordo substituto de Kyoto. As negociações começam em dezembro, em Bali.
Questionado sobre a viabilidade de um novo acordo mesmo sem os EUA, Munasinghe respondeu que "talvez haja mudanças no governo americano". Ele afirmou também que o cenário é favorável a um comportamento mais responsável por parte das empresas.
O economista cingalês participa no Rio de um encontro organizado pelo governo do Estado e pela Companhia Vale do Rio Doce para a aplicação no Estado das sugestões feitas pelo IPCC para atacar o aquecimento global.
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