Bem abaixo da superfície do Sol, os cientistas suspeitam que haja fenomenais massas de plasma, cada uma medindo até 10 vezes mais do que a Terra.
Essas massas, conhecidas como células gigantes, desempenham um papel fundamental na variabilidade solar, influenciando tempestades magnéticas que atingem a Terra e afetam os satélites, assim como as redes de energia e comunicações.
Um novo modelo, desenvolvido por uma equipe liderada por Mark Miesch, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos Estados Unidos, é capaz de simular o padrão de convecção dessas células gigantes, fornecendo uma visão sem precedentes de como o interior do Sol funciona.
"[O modelo] abre uma janela para uma série de importantes processos solares, incluindo o delicado balanço de forças que faz com que o equador do sol gire mais rapidamente do que seus polos," diz Miesh. "Esta é nossa primeira indicação de como se parece o caótico interior de uma estrela."Para mapear essas células gigantescas, os cientistas utilizaram dados da heliosismologia - uma técnica para medir ondas sonoras que se propagam até as profundezas do interior do Sol e utilizaram os equipamentos da rede Teragrid para resolver as equações da dinâmica dos fluidos estelares.
Analisando variações na luz e na velocidade das ondas à medida em que elas emergem na superfície do Sol, os cientistas podem recolher informações sobre as estruturas escondidas sob a superfície. A simulação captura os processos que ocorrem nos 30% mais externos do interior do Sol.
As simulações também capturam o padrão incomum de rotação do Sol, que ocorre quando as gigantescas células redistribuem momento angular, fazendo com que o equador solar gire a cada 28 dias, enquanto as altas latitudes levam cerca de 35 dias para fazer uma rotação completa.
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