Agência EFE
O Brasil terá 470 mil novos casos de câncer em 2008 se for mantida a tendência de crescimento atual da doença, segundo um relatório publicado hoje pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O estudo foi apresentado por ocasião da inauguração do 2º Congresso Internacional de Controle do Câncer que começou no Rio de Janeiro e terminará na próxima quarta-feira.
O aumento de casos de câncer tanto no Brasil como no mundo está 'relacionado ao envelhecimento da população e à exposição prolongada a fatores de risco', explicou o diretor do Inca, Luiz Antonio Santini, em entrevista coletiva. Segundo o estudo, os casos de câncer aumentarão mais nas regiões mais desenvolvidas do Brasil, nas quais há mais população idosa.
'Nos países desenvolvidos, o câncer já é a primeira causa de morte. No Brasil, há 20 anos o câncer era a quarta causa de morte. Hoje é a segunda, atrás das doenças cardiovasculares', detalhou Santini.
"Nos países desenvolvidos, o câncer já é a primeira causa de morte. No Brasil, há 20 anos o câncer era a quarta causa de morte. Hoje é a segunda, atrás das doenças cardiovasculares", detalhou Santini.
O tipo de câncer que mais crescerá no país em 2008 será o de pele sem melanoma, que poderia aumentar em cerca de 115 mil novos pacientes. O câncer de próstata e o de mama, com quase 50 mil novas incidências, serão os que mais crescerão entre os brasileiros, atrás do câncer de pele.
Também segundo o Inca, os cânceres de pulmão, cólon e reto aumentarão em torno dos 27 mil casos, o de estômago em quase 22 mil e o do colo do útero em quase 19 mil.
Santini explicou que algum destes tumores, como o câncer do colo do útero "é plenamente evitável, previsível e curável", o que não acontece no país porque as mulheres "geralmente" chegam ao sistema de saúde "em uma fase muito avançada" da doença. O especialista atribuiu essa situação a "tabus" e "medos" da sociedade.
Durante o Congresso serão apresentados 450 trabalhos relacionados aos diferentes tipos de câncer. Entre eles, destaca-se um estudo inédito com o apoio do Banco Mundial sobre o tabagismo e o câncer de pulmão no Brasil, que proporá o aumento do preço do tabaco como estratégia de combate à doença, explicou o Inca em comunicado.
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