AFP
Cientistas americanos conseguiram corrigir os principais sintomas do retardamento mental e do autismo em ratos que tinham tido estas condições de origem genética induzidas em laboratório.
Esta descoberta divulgada nesta quarta-feira confronta a teoria segundo a qual os inúmeros sintomas neurológicos e psiquiátricos da síndrome do cromossomo X frágil (FXS) provêm de uma falha do receptor mGluR5, que tem uma função química crucial no cérebro.
Os principais sintomas do FXS são problemas de aprendizagem, comportamento autista e epilepsia infantil.
Os pesquisadores, cujo estudo será publicado na revista Neuron de 20 de dezembro, indicam que alguns medicamentos ainda fora do mercado poderiam ter os mesmos efeitos que as manipulações genéticas. Os testes clínicos com tais remédios devem começar em breve.
"A síndrome do cromossomo X frágil é um problema de excesso de conectividade entre as sinapses (regiões que separam os neurônios), as síntese de uma proteína, a perda de memória, o crescimento anormal do corpo e o nervosismo", explicou Mark Bear, diretor do Instituto de pesquisa Picower e professor de neurociências no Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Este "conjunto de problemas poderia ser consideravelmente diminuído ao ser reduzida a atividade do receptor mGluR5", afirmou Bear, principal autor do estudo.
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