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Se não se preocupou com a possibilidade de ser pego no antidoping ao escolher tomar finasterida para conter a calvície, o jogador de futebol Romário deve ter se preocupado com outro risco do medicamento: a impotência sexual.
O uso do remédio causa, “ocasionalmente” segundo a bula, disfunção erétil, diminuição do desejo sexual e redução do volume de esperma. A finasterida age como um inibidor do metabolismo da testosterona, o hormônio masculino, que quando produzida em excesso causa queda de cabelos. Por isso, ela é também muito usada no combate ao câncer de próstata.
E também para esconder os efeitos do doping por testosterona em atletas. Esse efeito antitestosterona pode abalar o sistema reprodutivo masculino. Alguns homens expostos ao medicamento em altas doses, no tratamento do câncer, chegam a desenvolver seios.
Nas mulheres, o remédio é totalmente proibido, assim como em crianças. Mulheres grávidas ou que querem engravidar não podem sequer encostar nos comprimidos, sob risco do bebê nascer com defeito (meninos podem nascer com os órgãos sexuais “feminizados”).
Se o parceiro estiver tomando o remédio, grávidas e mulheres amamentando também devem evitar entrar em contato com o sêmen, através da camisinha. As que querem engravidar, precisam pedir que o parceiro interrompa o tratamento.
O remédio não funciona contra todos os tipos de calvície, apenas para a causada pelo excesso de testosterona. Por isso, não deve ser tomado sem a orientação de um médico, que tenha identificado a origem da queda de cabelos.
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