quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Grã-Bretanha revela plano de cinco anos de combate ao câncer

O Globo Online

Autoridades britânicas do setor de saúde revelaram na segunda-feira um plano quinquenal para reformar os serviços de atendimento a pacientes com câncer e melhorar as taxas de sobrevida à doença.

A Estratégia de Reforma do Câncer inclui a ampliação de programas de exames de detecção, um tratamento mais ágil e o aumento do apoio pós-tratamento aos sobreviventes, segundo o Departamento de Saúde do governo britânico.

Entre outras medidas estão tentativas de ajudar fumantes a largar o hábito, com propostas como a proibição de máquinas de venda de cigarro, a redução da exposição dos cigarros nas lojas e uma reavaliação das embalagens.

O uso de máquinas de bronzeamento também será analisado, para determinar o quanto elas são usadas por menores de 18 anos, dentro da iniciativa para reduzir as taxas de câncer de pele.

'Médicos, pacientes e entidades nos dizem que o problema do câncer melhorou significativamente nos últimos dez anos graças aos investimentos e às reformas, mas estou determinado a ir mais longe', disse Alan Johnson, secretário da Saúde.

Em agosto, estudos mostraram que a Grã-Bretanha estava atrás do resto da Europa em taxas de sobrevida, apesar do aumento nos investimentos.

A taxa de sobrevida após cinco anos era de cerca de 42 por cento para homens e 52 por cento para as mulheres britânicas - no resto da Europa, eram de 45 e 55 por cento, respectivamente.

Os exames para detectar câncer de mama serão feitos entre os 47 e os 73 anos - antes, eram feitos em mulheres entre 50 e 70 anos. Isso significa que 200 mil mulheres adicionais serão examinadas ao ano. Serão investidos mais de 200 milhões de dólares em equipamentos para mamografia.

O programa também estenderá exames para detecção de câncer de cólon para todos os homens e mulheres entre 70 e 75 anos a partir de 2010.

Os gastos do governo com o câncer quase que triplicaram no ano passado em relação a 2000. Mas os partidos da oposição afirmam que a verba não ajudou a melhorar a sobrevida dos pacientes.

Nenhum comentário: